Para muitos Agosto é o mês das merecidas férias. Para nós, é apenas mais um motivo para celebrar a diversidade da dança pelo país fora. Na agenda deste mês encontra sugestões de espectáculos, de festivais, de uma exposição e ainda de um filme.
Queremos incluir nesta agenda mensal espectáculos/performances de todo o país. Para divulgação, por favor envie informações para: redacao@lescorpsdansants.com.
AGENDA DE AGOSTO

Espectáculo
3 a 5 de Agosto | 21h30 | Castelo de Ourém
Vagar, de Marina Nabais
Entrada livre, sujeita a reserva
Estreia
«Vagar é um espectáculo que resulta do desafio lançado pela Rede ARTÉRIA a Marina Nabais para a criação de um projecto de dança/movimento em Ourém. […]
O resultado, um espectáculo que junta profissionais e locais, propõe dimensionar e cruzar os tempos históricos numa abordagem contemporânea e “encontrar espaço e tempo, dentro e fora, num lugar de um cansaço saudável e contemplativo”, conforme indica a criadora.
Espera-se que Vagar contribua para uma revisão da leitura do espaço patrimonial e para que ele se inscreva na realidade de habitantes, turistas e visitantes, caracterizando-o como elemento “vivo”, evolutivo e dinâmico nas mais diversas vertentes: cultural, económica, turística e social.» Rede ARTÉRIA
Direcção artística e coreografia Marina Nabais
Música original Gonçalo Alegria
Figurinos Nuno Nogueira
Desenho de luz Manuel Abrantes
Intérpretes profissionais Carla Ribeiro e Yonel Castilla Serrano
Intérpretes locais Ana Mafalda Faria, Ângela Gonçalves, Custódio David, Dulce Maurício, Matilde Gonçalves e Soraia Lopes
Mais info: Rede Artéria
Reservas: museu@mail.cm-ourem.pt / 249 540 900 / 919 585 003

Performance-Instalação
3 de Agosto | 22h30 | Casa Catela, Montemor-O-Velho
I Am (not) Here, de João Fiadeiro
Preço definido pelo espectador
Inserido no Citemor
«I am (not) here é uma performance-instalação que adapta o espetáculo I Am Here de João Fiadeiro para um espaço não convencional, sem frente definida, onde o espectador se movimenta e relaciona com a apresentação a seu ritmo e a seu modo. Nesse sentido, I am (not) here aproxima-se de forma mais explícita do território que lhe deu origem: o das artes plásticas e da performance art, onde espectador e obra quase se cruzam, quase trocam de lugar. I am (not) here continua para lá da apresentação que lhe dá corpo. A sua presença manifestar-se-á através dos restos, rastos e traços resultantes da performance.» Citemor
«Em I Am (not) Here não há qualquer jogo com a localização ou a representação do corpo, mas antes com as formas (materiais) que ele produz, através da fotografia, do desenho e da sombra. Ao encenar a finitude do corpo (morfológico), cativo das suas fronteiras dentro da realidade, João Fiadeiro sublinha a emergência do (corpo do) trabalho, como se entre vida (presença) e morte (ausência) não existisse nem história, nem drama, nem tensão, mas apenas linhas marginais, que se cruzam, entrelaçam e desfazem no vazio.» João Fiadeiro
Criação e interpretação João Fiadeiro
Montagem do espaço cénico e operação de luz Paulo Morais
Fotografias em tempo real Katia Sá
Mais info: Citemor

Espectáculo
4 de Agosto | Ruínas da Igreja de Santa Maria, Castelo de Palmela
O Fio da Medusa, de Leonor Keil
Entrada livre
Inserido no FIAR – Estreia
«Sob o signo de Ariadne, Penélope e Medusa:
[…] Uma história de ciúme, traição, vingança, castigo, amores e desamores, repleta de super-poderes. Todas as narrativas e cenários que surgem, ao imaginarmos estas fábulas de deuses e semi-deuses, são aparentemente terrenos e continuam actuais, assim como os antigos costumes, que ainda hoje movem as comunidades.
Neste pequeno espaço, nas ruínas da Igreja de Santa Maria, recrio três momentos do mito de Medusa, relacionados com o seu martírio e seu assassínio, às ordens de Atenas. Violada e decapitada, Medusa abusada.» Leonor Keil
Coreografia e interpretação Leonor Keil
Figurino e adereços Leonor Keil e Henrique Ralheta
Mais info: FIAR

Espectáculo
4 de Agosto | 22h30 | Sala B, Montemor-O-Velho
Viagem Sentimental, de Francisco Camacho
Preço definido pelo espectador
Inserido no Citemor
«Viagem Sentimental é um projecto do coreógrafo Francisco Camacho que se centra na pesquisa de uma determinada zona geográfica para a construção de um espectáculo que reflecte essa observação dos locais onde se desloca. A metodologia pressupõe que o coreógrafo viaje para uma dada região, munido dos seus apetrechos para registar as primeiras impressões sobre o local e as suas gentes. Visita uma série de ponto de interesse e tem conversas com pessoas relevantes para a sua pesquisa, conhecedoras da história, dos hábitos e da cultura locais. […]
A reelaboração dos materiais recolhidos prevê o desenvolvimento de cenas do espectáculo que evocam essas figuras, numa linha de trabalho habitual do coreógrafo, conhecido pela abordagem de personagens, e passa também pela escrita de textos a serem ditos ao vivo ou em gravação, ou ainda projectados.» Citemor
Coreografia e interpretação Francisco Camacho
Direcção técnica e desenho de luzes Hugo Coelho
Mais info: Citemor

Espectáculo
5 de Agosto | Casa do Povo, Passo da Formiga, Palmela
I can’t see the sea, de Maurícia Neves
Entrada livre
Inserido no FIAR
«I can’t see the sea é um solo que fala da impossibilidade de ver com clareza. Somos sempre influenciados por diferentes pontos de vista, sentimentos e dogmas. Vemos o que queremos ver.
Resgatando alguns assuntos da actualidade: o plástico e o petróleo que invadem os mares e oceanos de todo o mundo. A problemática começa a ser grave e alarmista. Vários alimentos já se encontram contaminados com plástico, os derrames de petróleo têm sido abafados pela imprensa.
Neste procjeto, o corpo e a voz relacionam-se com os objectos e a paisagem, misturam-se na ideia de contaminação, olhar turvo.» FIAR
Coreografia, concepção e interpretação Maurícia Neves
Assistência e aconselhamento Joana Castro
Espaço cénico Jhonny Aguiar
Iluminação Filipa Romeu
Mais info: FIAR

Espectáculo
5 de Agosto | 20h30 | Adega da Casa de Atalaia, Palmela
Adriano Já Não Mora Aqui, de Rui Catalão
Entrada livre
Inserido no FIAR
«Adriano já não mora aqui começa com uma criança a fugir de um homem que matou outra criança; e termina com as batidas do coração de um feto no útero da mãe. São dois episódios arrepiantes porque a criança está na casa do criminoso, com ele lá dentro, e o pai do feto acabou de dizer: “Doutora, nós não vamos ter esta criança”.
Entre estas duas cenas, Adriano Diouf reconstrói o processo de como se tornou adulto. É o relato de uma criança a fugir dos problemas em que se mete. A combater e a esconder-se das consequências. Até ao momento culminante em que não quer mais fugir. […]
Catalão convoca agora a momória e a intimidade do seu intérprete para conjugar teatro e dança.» FIAR
Dramaturgia e coreografia Adriano Diouf e Rui Catalão
Mais info: FIAR

Espectáculo
17 a 19 de Agosto | 19h00 | Sport Clube de Lavos, Figueira da Foz
saal, de Filipa Francisco
Entrada livre, sujeita a reserva
Estreia
«saal é um espectáculo de teatro-dança criado desde as salinas da Figueira da Foz. Resultado de um processo de imersão na realidade local, com recolha de testemunhos de quem trabalhou e ainda trabalha o sal, junta artistas profissionais e amadores que vão conduzir o público numa viagem poética a um mundo desconhecido.» Rede ARTÉRIA
Criação Filipa Francisco
Interpretação Vítor Costa, Susana Gaspar, Filipa Francisco, Maria José, Lurdes Cavaleiro, Ana Ribeiro, Manuel Loureiro, Ricardo Freitas, António Vaz, Gilda e Elias
Mais info: Rede Artéria
Reservas: mundoemrebolico@gmail.com / 911 725 359
e ainda…

Exposição
14 de Julho a 29 de Setembro | Lisboa
Os Ballets Russes: Modernidade Após Diaghilev
Entrada livre
«Entre o escândalo e a admiração, a emulação e a rejeição, os Ballets Russes de Sergei Diaghilev constituíram uma das mais inovadoras experiências de criação artística das primeiras décadas do século XX. No vulcão criativo das experiências modernistas, Diaghilev congrega um programa de arte total em torno da dança, convocando coreógrafos, bailarinos, compositores, artistas plásticos, libretistas e cenógrafos. Se a dança moderna representa o espírito de uma certa modernidade em vórtice, consagrada segundo Baudelaire na fórmula do ‘transitório, fugidio [e] contingente’, os Ballets Russes exibem o moderno total. Consagrando a fusão do arcaico com o vanguardista, assinalam o transitório e o imutável que articula o pensamento moderno. Das artes do movimento ao design de moda, da música à escultura, da cenografia à pintura, das artes decorativas ao cinema, os Ballets Russes constituem o paradigma do projecto de iluminação mútua de uma modernidade sempre incompleta.
A exposição “Os Ballets Russes: Modernidade após Diaghilev” assinala o centenário da saison de Lisboa, problematizando a modernidade artística do projecto de Sergei Diaghilev e convocando os artistas contemporâneos.» Fundação Millennium BCP
A exposição assume três núcleos:
- a celebração da saison portuguesa do grupo, patente no Museu Nacional do Teatro e da Dança, sob o título Os Ballets Russes em Portugal;
- a perenidade do projecto incompleto das modernidades artísticas que convoca, espelhado no núcleo da Galeria Millennium, sob o título de Modernismos e Modernidade dos Ballets Russes, com especial destaque para os trajes originais, inéditos em Portugal, das peças L’Après-Midi d’un Faune e Le Sacre du Printemps;
- e o Ballets Russes After Hours, que se centra na comissão a dois artistas portugueses cujas propostas continuam o diálogo incompleto da modernidade na contemporaneidade, apresentando obras que se dividem num projecto de artes plásticas, patente na Galeria Millennium, e numa coreografia/performance [2018, Teatro Praga] que teve lugar nos passados dias 13 e 14 de Julho no Palácio Foz.
Organização The Lisbon Consortium e Centro de Estudos de Comunicação e Cultura (CECC) – Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e Museu Nacional do Teatro e da Dança
Comissariado Geral Isabel Capeloa Gil
Comissariado Científico Isabel Capeloa Gil, José Carlos Alvarez, Nuno Crespo e Paulo Campos Pinto
Mais info: CM Lisboa; Galeria Millennium

Festival
2 a 5 de Agosto | Carvalhais, São Pedro do Sul
Festival Tradidanças
Preço médio: 5€
«O Tradidanças é um festival de Tradições, Música, Dança e Natureza que une o património específico do território da serra da Arada (freguesias de Carvalhais e Candal, São Pedro do Sul), à riqueza da diversidade trazida de outros lugares.
A música e as danças ligadas às tradições são transmitidas através de oficinas dinamizadas por profissionais, e o público torna-se um dos grandes protagonistas do evento, já que aprende nas oficinas de dança (que acontecem à tarde, nos palcos Arada, Reguengo e Carvalhais) para depois dançar nos bailes (pela noite dentro). Também os concertos preenchem as noites no Palco Serra, complementando a oferta para aqueles que preferem assistir às actuações, e para os que gostam de animar as frentes de palco.» Tradidanças
Para além de uma grande variedade de oficinas de dança (europeias e portuguesas; balcãs, galegas, irlandesas, minhotas, da Beira Alta e de forró; lindy hop, jive e cha-cha-cha; bollywood e contacto-improvisação), a programação do festival conta ainda com bailes, concertos, espaços de relaxamento e momentos pensados para o público infantil.
Mais info: Festival Tradidanças

Filme
11 de Agosto | 21h55 | RTP2
Memórias de um Senhor, de Olivier Dubois
Entrada livre
«As Memórias de um Senhor ou o homem desaparecido é uma criação de 2015 do coreógrafo francês Olivier Dubois, com música de François Caffenne.
O artista foca-se na solidão de grandes personagens, como Calígula, Alexandre o Grande ou Genghis Khan. Todas estas grandes figuras da história são representadas pelo bailarino Sébastien Perrault, acompanhado por bailarinos amadores que formam uma massa anónima, um fundo vivo que se transforma numa floresta, numa torre ou num campo de batalha.» RTP
«Esta é a história de uma imensa solidão, de um combate obscuro e de um homem triunfante. Trinta homens serão o seu coro, as encarnações, os ideais, os terrores deste Senhor.» Olivier Dubois
Coreografia Olivier Dubois
Realização Tommy Pascal, 2016
Mais info: RTP

Festival
15 de Agosto | das 11h00 às 20h00 | Jardim Vasco da Gama, Belém
Festival da Índia
Entrada livre
A 15 de Agosto, a Índia celebra o 71º aniversário da sua independência, o que representa o culminar de um ano de celebrações dos 70 anos da independência.
Numa colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Belém, a Embaixada da Índia em Portugal apresenta o Festival da Índia. A programação inclui danças clássicas indianas, oficinas de Bollywood, mas também uma mostra de têxteis e cosméticos indianos, experiências gastronómicas, e muitas outras actividades.
Mais info: Embaixada da Índia