O que ver em Maio/Junho

Sugestões a não perder nos meses de Maio e Junho de 2023.

🔴 Artigo atualizado semanalmente

Festival Cumplicidades está de volta para “colocar a dança contemporânea no imaginário da cidade”

O Festival Cumplicidades está de regresso e conta com debates, aulas e espetáculos, de 8 a 21 de Maio. De 8 a 12 de Maio decorre o Passaporte da Dança, um programa de sensibilização e desenvolvimento de novos públicos e de novos praticantes. Os espetáculos começam no dia 11 e, até dia 21, serão apresentadas dez produções, a maioria das quais em estreia em Lisboa. Com direção artística de Francisco Camacho, esta edição tem como curador dos projetos nacionais Luiz Antunes.

Nesta edição do Cumplicidades, “os artistas são desafiados a criar sob um determinado ângulo, opinião ou evento relacionado com as premissas: Limites e fronteiras, duas faces: sapiens sapiens. Somos todos Sapiens. Somos todos cúmplices.” Pressupostos colocados por Luiz Antunes e que contêm uma interpelação implícita à reflexão sobre os aspetos conturbados dos tempos em que vivemos.

A programação contempla os limites e as fronteiras, nos planos da cultura e do território, assim como na experiência dos corpos e da interioridade. Maioritariamente em duplas ou parcerias, coloca o foco nas possibilidades metafóricas do outro. Os artistas a apresentar propostas coreográficas nesta edição são: Hugo Cabral Mendes, Roberto Dagô (Brasil), Beatriz Valentim, Laura Rios (Cuba), Yuko Kominami (Japão), Margarida Montenÿ e Carminda Soares, Magnum Soares (Brasil), Marco da Silva Ferreira, André Braga & Cláudia Figueiredo, Guilherme de Sousa & Pedro Azevedo.

Festival Cumplicidades

8 a 21 de Maio, Lisboa, Vários locais

Bilhets: vários preços

Mais informações e programação aqui.

A fotografia de destaque deste artigo é da autoria ©José Caldeira; Já não sou a amar-te menos, de Guilherme de Sousa & Pedro Azevedo

Bandua e Kayzer Ballet estreiam Babel, de Ricardo Runa

“D’um murmúrio nasceu movimento, sentimento e da tradição se fez o lamento.
Uma torre cresceu, a confusão se deu e perto do céu ardeu.
Algo nos ensinou, que junto ao luar só o sol e as estrelas podem brilhar. Mas lá em baixo poderemos sempre sonhar e amar, ou pelo menos, respirar.
Babel expõe os sentimentos mais puros e sombrios do ser humano e a ligação ao mistério da alma. A paixão e o desgosto, a união e a confusão, conexões e dicotomias que se criam no enlace e desenlace de um elenco tão múltiplo e uno quanto a própria vida.
Uma ideia e coreografia de Ricardo Runa com interpretação do elenco do Kayzer Ballet, que convida a música da dupla Bandua a ser tocada e cantada ao vivo, invocando a ancestralidade e a memória regional da beira baixa em paisagens que podiam ser de qualquer outra parte do mundo, numa banda sonora composta por adaptações da obra já editada por Tempura & Edgar Valente e outras composições inéditas especialmente dedicadas a esta criação.”

Babel

11 de Maio, 21h30, Covilhã, Teatro Municipal da Covilhã

Bilhetes: 10€

Mais informações aqui.

World of Dance volta a colocar Portugal no epicentro da ‘street dance’

“Treze anos em construção, o World of Dance Championship Series cresceu de um único evento em Los Angeles para uma competição de dança de renome mundial com as melhores equipas de dança do mundo. Com mais de 30 países e milhões de espectadores, o World of Dance continua a quebrar barreiras na dança, linguagem, música, moda e estilo de vida. Em todo o mundo, foram feitos campeões no palco da WOD. Das centenas de participações, três vencedores são coroados por região, e convidados a defender o seu título na maior semana da Semana do Campeonato do Mundo de Dança em L.A.”

World of Dance Portugal

13 e 14 de Maio, Porto, Mxm Art Center e Europarque

Mais informações e programa aqui.

Companhia Nacional de Bailado dança Stravinski

“Igor Stravinski (1882-1971) é um dos nomes maiores da música do século XX.

Estudou direito e piano, antes de se dedicar por inteiro à composição. Mestre nas distorções, do vocabulário e princípios do sistema tonal, as suas obras, tão geniais quanto perturbadoras, tornaram-se referências em bailados, óperas, oratórias, concertos, sinfonias, entre outros.

O início da sua carreira está intimamente ligado aos Ballets Russes de Diaghilev, Companhia para a qual compôs algumas das suas peças para dança mais conhecidas, como O Pássaro de FogoPetrouskaA Sagração da PrimaveraAs Bodas ou Apollon Mousagette. Trabalhou ainda de perto com o coreógrafo George Balanchine com quem estabeleceu uma cumplicidade maior através de um diálogo artístico constante.

Neste programa, homenageamos o compositor que tanto contribuiu para o desenvolvimento da música do século XX, bem como para a dança, pela forma como inspirou artistas, coreógrafos, intérpretes e o público. Através de coreografias de Vaslav Nijinski e Mauro Bigonzetti, percorremos obras maiores que são exemplo da sua genialidade.”

Noite Stravinski

As Bodas + Intermezo + A Sagração da Primavera

Até 14 de Maio, Lisboa, Teatro Camões

Bilhetes: Entre 15€ e 30€

Mais informações aqui.

 It’s a long yesterday, de Carminda Soares e Maria R. Soares é apresentado no Dança Invisível; ©Alberto Seixas

Dança Invisível – Ciclo de Dança Contemporânea cruza linguagens artísticas, experimentação e inovação

“O ciclo Dança Invisível pretende criar um novo espaço de possibilidades para a dança contemporânea, apostando no cruzamento de linguagens artísticas e na promoção do trabalho de coreógrafos com criações de carácter experimental e inovador. 
Em cada edição são convidados artistas consagrados e emergentes, de forma a potenciar o diálogo artístico entre o que é visível, em termos do circuito artístico nacional e internacional, e o que ainda permanece “invisível” para o grande público, decorrente da sua natureza embrionária. 
O ciclo surge também intimamente ligado ao programa de apoio à criação “Artistas no Palácio – Programa de Residências Artísticas” que a Inestética tem vindo a promover no Palácio do Sobralinho.”

Os artistas envolvidos nesta edição são: Joana Castro, Pedro Sena Nunes, Carminda Soares e Maria R. Soares, CiM – Companhia de Dança, Henrique Furtado e Aloun Marchal.

Dança Invisível – Ciclo de Dança Contemporânea

19 a 28 de Maio, Vila Franca de Xira, Palácio do Sobralinho

Mais informações e programação aqui.

Sobre isto, sobre aquilo e o seu contrário: Versa-Vice, de Tânia Carvalho

“Escrever sobre o meu trabalho é como escrever sobre o mais profundo do meu Ser. Por isso digo: “não sou boa com palavras”. Não quando quero nelas mostrar as profundezas do meu coração. Traduzi-lo. Sinto estranheza. Decidi chamar à peça Versa-vice (o vice-versa de vice-versa) porque ao fazer uma peça digo: “a peça é sobre isto e aquilo…”. Mas também poderia ser sobre o seu oposto. O seu espelho. Ou sobre qualquer outra coisa que lá se encontre, por um segundo que seja, enquanto se vê, ouve, dança, relembra… Esse segundo é tão válido como todo o processo de criação. Pode até ter mais força, mais impacto dentro de nós. Um segundo de vislumbre. Um segundo que nos faz mudar de direção, ou que nos provoca outra coisa qualquer, mesmo que não nos apercebamos dela.” Tânia Carvalho

Versa-Vice

18 de Maio (21h), 19 de Maio (21h), 20 de Maio (19h), Lisboa, Culturgest

Bilhetes: 14€.

Mais informações aqui.

A hora em que não sabíamos nada uns dos outros adaptada por Olga Roriz

“Do dramaturgo austríaco, Peter Handke “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros” (1992), é uma peça originalmente composta por 450 membros do elenco, caminhando numa praça representada como uma cidade.

O detonador da peça foi uma tarde de vários anos atrás. Tinha passado o dia inteiro numa pequena praça em Muggia, perto de Trieste. Sentei-me no terraço de um café e vi a vida a passar. Entrei num verdadeiro estado de observação, talvez isto tenha sido ajudado um pouco pelo vinho. Cada pequena coisa tornou-se significativa (sem ser simbólica). Os procedimentos mais minúsculos pareciam significativos do mundo.Peter Handke

O seu objetivo seria criar um dia na vida de uma praça seguindo um conjunto de direções de palco.
Interessa-nos questionar, trinta e um anos passados da criação desta peça, o que mudou no mundo. Parece-nos que este título nos quer dizer agora muito mais. Que o que sabemos uns dos outros e de nós próprios é um poço cada vez mais escuro e que é urgente abrir canais à transformação, à criação da utopia.” Olga Roriz, Abril 2022

A hora em que não sabíamos nada uns dos outros

4 de Junho, 17h, Coimbra, Convento de São Francisco

Mais informações aqui.

17 de Junho, 21h, Bragança, Teatro Municipal de Bragança

Bilhetes: 7€.

Mais informações aqui.

OU.kupa pergunta “Onde estão as OUtras danças?”

OU.kupa é um projeto de OCUPAÇÃO artística e investigação, cujo CENTRO está na celebração, criação e escrita de danças urbanas – rua e clubbing. É uma celebração dilatada no tempo onde uma outra história da dança começa a ser escrita e partilhada. Onde o discurso sobre o que é a criação artística em espaço urbano se alarga e diversifica, onde se mapeiam e nomeiam pessoas que têm criado e construído estas danças sem ainda terem sido referidas, e onde são proporcionadas condições para a sua criação. Procura-se criar bases, e visibilidade com respeito, para linguagens que surgiram em contexto informal, de rua ou de clubbing, em várias geografias (Angola, EUA, Portugal, Brasil) que permanecem em luta com complexos processos históricos e de integração sem apropriação nos espaços institucionais. É de toda a gente, é nosso também.” Piny (Curadoria)

Com Piny (curadoria), criações de Nala, Lúcia Afonso, Dougie Knight, Fábio Jorge Januário, Eríc Santos e Rita Spider.

OU.kupa – Onde estão as OUtras danças?

Exposição, conversas, sessões de treino, espetáculos

13 a 25 de Junho, Lisboa, Teatro do Bairro Alto

Mais informações aqui.

Bruna Carvalho procura a nossa relação com a natureza em Dissolução

“Dissolução é um solo de dança que se debruça sobre a nossa relação com a natureza, partindo da nossa essência, daquilo que nos é inato e natural enquanto seres vivos. Através dos sentidos e do ato de intuir, procura captar algo além daquilo que nos é percetível a olho nu, algo mais profundo da nossa presença, da nossa relação com o meio e com todas as formas de vida, para falar de um universo transversal, de uma energia perene e coletiva, que a cada momento se dissolve para encontrar novas formas de expressão.”

Dissolução

17 de Junho (20h30), 18 de Junho (16h30), Odivelas, Centro Cultural da Malaposta

Bilhetes: 12€.

Mais informações aqui.

23 de Junho (21h), 24 de Junho (19h), Viana do Castelo, Teatro Municipal Sá de Miranda,

Bilhetes: 4€ a 10€.

Mais informações aqui.

Sara Bernardo questiona o ‘bem’ e o ‘mal’ em TRESPASS

“Partindo da ideia de transgressão, Trespass procura encontrar o chão comum e ao mesmo tempo a polaridade humana entre o “bem” e o “mal”, explorando formas de humanizar o demoníaco e visceralizar o Humano. Procura o conflito e a paz, a sedução e o grotesco, a perfeição e o erro.” Sara Bernardo

TRESPASS

17 de Junho (21h30), 18 de Junho (17h), Porto, Teatro Municipal do Porto – Campo Alegre

Bilhetes: 7€.

Mais informações aqui.

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